Abstract
Os últimos 60 anos foram caracterizados em Portugal pelo rápido processo de urbanização ao longo do qual as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto se formaram e várias cidades do litoral cresceram de forma muito significativa. Este processo chegou agora ao fim – já pouca população existe nos meios rurais – deixando problemas urbanísticos diferentes daqueles que marcaram o passado mais ou menos recente. Com efeito, enquanto até agora esteve sobretudo em causa responder às necessidades de expansão das cidades, daqui para a frente trata-se principalmente de melhorar a qualidade do ambiente construído. Nas respostas a desenvolver para os problemas que hoje enfrentamos é necessário ter em conta que, dado o contexto de dificuldades financeiras em que o país se encontra, não é mais possível recorrer a soluções – como por exemplo o Programa POLIS – que antes foram aplicadas com bastante sucesso, mas que exigiriam a mobilização de recursos neste momento indisponíveis.Neste artigo apresentamos algumas reflexões sobre aqueles que consideramos ser os principais desafios que atualmente se colocam ao urbanismo em Portugal, a título de contributo para o debate aprofundado que os diversos agentes envolvidos – proprietários e investidores, investigadores, técnicos e responsáveis da indústria, e cidadãos e decisores políticos – terão de realizar no sentido de estabelecermos de forma suficientemente consensual as orientações urbanísticas que devemos prosseguir no futuro e as políticas urbanas que permitirão concretizar essas orientações.
Original language | English |
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Pages (from-to) | 12-14 |
Number of pages | 2 |
Journal | Construção Magazine |
Volume | 47 |
Publication status | Published - 2012 |